Ep7 – Do SaldoZero aos R$ 100 mil – investindo em tecnologia

Dia 22 de novembro de 2021. É o sétimo episódio do SaldoZero aos R$ 100 mil. E, não será o último!

No último episódio havia comentado que essa série poderia estar chegando ao fim uma vez que não estávamos percebendo engajamento.

Contudo, surpreendentemente, foram muitas as mensagens para que continuássemos esse projeto que, tem por objetivo mostrar na prática e com dinheiro real, o racional e a dinâmica na montagem e condução de uma carteira de investimentos.

Pois bem, que assim seja! Que venha esse sétimo episódio.

Hoje, em especial teremos um investimento diferente daqueles que foram realizados até o momento. Espero poder agregar muito conhecimento.

Sendo assim, se esse tema lhe interessa, confia, vem comigo, porque esse material está incrível!

Objetivo da carteira

Sempre lembrando, nosso objetivo é o de alcançar R$ 100 mil por meio de aportes mensais de R$ 1 mil. Esse objetivo foi definido pelos inscritos do canal. Portanto, se você ainda não for inscrito, inscreva-se para não perder nenhum vídeo.

E quando alcançaremos os R$ 100 mil? Segundo as expectativas que fizemos no primeiro episódio, por volta de 2027. A previsão se confirmará? Não há como afirmar que sim. Só o tempo para responder.

Aproveito para convidar você, caso não tenha visto os episódios anteriores, acesse-os aqui e entenda os detalhes da dinâmica das decisões que foram tomadas até o momento.

Aviso importante

Um aviso ultra importante: não copie essa carteira!

O objetivo principal dessa série é colocar minha pele em risco para ajudar você a entender a dinâmica. Mas entender é diferente de copiar.

Estamos falando de uma carteira com renda variável. Ninguém pode prever o comportamento do mercado.

Antes de qualquer investimento, estude. Não seja apenas um passageiro de canais pela internet. Crie sua própria filosofia de investimentos.

Continuando…

Como o mercado se comportou no último mês

Poderíamos praticamente copiar e colar as informações que foram compartilhadas no último episódio.

Como sempre, eventos e notícias para chacoalharem o mercado, não faltam.

A questão é que, inúmeros entraves na economia local mantêm nossa bolsa de valores pedalando já há algum tempo.

Vejamos abaixo o gráfico de 3 meses comparando, Ibovespa vs S&P500 vs Dólar:

Para alguns isso é motivo de cautela e espera, para outros, de oportunidade. Independente da estratégia a questão é que, como sempre gosto de dizer, não temos como prever o futuro, mas podemos e devemos estar preparados para ele, seja qual for o cenário.

Inclusive, para quem tem dúvida se é melhor esperar para aportar, convido à leitura do seguinte artigo: Qual a melhor estratégia de aportes para Bolsa de Valores: comprar ações na baixa ou fazer aportes mensais?

Continuando!

A carteira em outubro

Relembrando, nossa carteira no último episódio estava distribuída conforme a imagem abaixo (6% do objetivo):

Como sempre, não entrarei no mérito de quanto a carteira se valorizou no período. Vamos acabar com a crença de que é preciso medir a performance mensal — e comparar isso a algo ou com alguém.

Lembre-se, nosso objetivo é 2027, e rentabilidade de curto prazo não garante rentabilidade de longo prazo. Foquemos na disciplina e nos aportes constantes.

Novo aporte

Seguindo o combinado, o aporte de R$ 1 mil já está disponível na corretora.

Como comentei na introdução desse texto, hoje teremos um investimento diferente aos que já realizamos até o momento.

Além disso, obviamente, vamos aproveitar o aporte para reforçar posições mais carentes.

Nova posição

Salvo se você estiver desligado do mundo moderno — o que acho difícil uma vez que você está aqui, consumindo esse material —, deve concordar comigo que o mundo está passando por um boom tecnológico.

A todo instante surgem novas companhias disruptivas e revolucionárias, com novas soluções e grandes inovações.

A pergunta que fica: quem ousaria a dizer que a tecnologia regredirá? Acredito que ninguém.

Acredito ser um consenso que o que estamos vivendo é nada perto do quanto a tecnologia pode crescer e beneficiar a humanidade.

E, apesar de termos posição em Google (GOOGL), como ficar de fora de outras companhias como Apple (AAPL), Microsoft (MSFT), Amazon (AMZN), Facebook (META), Tesla (TSLA), Nvidia (NVDA) e assim por diante? Estas são apenas algumas das gigantes americanas.

O fato é que, considerando os aportes de R$1 mil ao qual estamos submetendo a carteira, investir em todas estas — e tantas outras que não mencionei — individualmente, é algo financeiramente complicado.

Nem todos sabem, mas o mercado americano nos permite comprar uma pequena fração de uma ação. É algo que facilita o investimento, mas que eleva, de certa forma o risco, uma vez que a ação nesse caso é de propriedade da corretora a qual lhe fornece o direito sobre essa pequena fração.

E comprar 0,0000 alguma coisa de cada uma destas ações, me parece algo pouco interessante.

Sendo assim, como investir nas gigantes americanas de maneira bastante diversificada e com pouco capital?  Simples, por meio dos ETFs (Exchange Traded Funds).

O ETF, de maneira bastante objetiva, é um fundo de investimentos que segue um índice ou uma metodologia pré-definida. Desta forma, esses fundos possuem características interessantes ao investidor permitindo uma boa diversificação a baixo custo.

Nesse sentido, em substituição ao Google, nossa nova posição será no ETF MGK (Vanguard Mega Cap Growth ETF).

‎O MGK acompanha o Índice de Crescimento do Mega Cap dos EUA CRSP. Oferece exposição focada às maiores empresas em crescimento dos EUA.

‎Ele seleciona empresas que apresentam determinadas características de crescimento:

  • Crescimento futuro de longo prazo no lucro por ação (LPA);
  • Crescimento futuro de curto prazo no LPA;
  • Crescimento histórico de três anos no LPA;
  • Crescimento histórico de três anos nas vendas por ação;
  • Atual relação investimento-ativo e retorno sobre os ativos.

Os ativos são pontuados e classificados com base na composição desses seis fatores de crescimento.

E veja, esse ETF não é necessariamente um ETF de tecnologia, mas sim um ETF que foca em companhias de crescimento, seja qual for o setor. Contudo, podemos ver na imagem a seguir que, apesar disso, mais de 61% do ETF é composto por companhias deste setor — o que reitera o fato de que o setor de tecnologia é um dos setores que mais vem se destacando ano após ano.

Analisando a questão de ativos em específico, note que as principais posições deste fundo se referem as gigantes americanas.

Um adendo importante. Apesar de não ser nosso foco receber dividendos com esse ETF, é interessante comentar que, diferentemente dos ETFs brasileiros, os ETFs americanos pagam dividendos aos seus cotistas. Pode ser uma classe de ativos para quem busque montar uma estratégia baseada em renda passiva.

Abaixo temos a performance histórica do MGK frente a performance do índice americano S&P500:

Uma questão positiva do MGK é que ele não se prende ao setor, mas sim às empresas de crescimento. Isto quer dizer que, se futuramente o setor de tecnologia perder força, o índice se adaptará às novas companhias e aos novos setores de acordo aos seus critérios de crescimento.

E é nesse sentido que, falando de exposição extremamente diversificada em companhias de crescimento, é que o MGK vem para compor a parcela internacional de nossa carteira.

Percentual de alocação

Nenhuma alteração nos percentuais será realizada. O único ajuste fica pela troca de GOOGL por MKG.

Alocação por classe:

ClasseAlocação
Proteção Caixa30%
Proteção Cambial10%
Renda Variável60%
Total100%

Dentro de Renda Variável, teremos três subclasses

SubclasseAlocação
Ações50%
Fundos imobiliários30%
Stocks20%
Total100%

Dentro de ações, teremos o seguinte

AtivoAlocação
EQTL316,67%
PSSA316,66%
ITSA416,66%
SULA1116,66%
CGRA416,66%
PARD316,66%
Total100%

Em fundos imobiliários

AtivoAlocação
BCFF1133,34%
IRDM1133,33%
GGRC1133,33%
Total100%

E em stocks, de momento, somente um único ativo

AtivoAlocação
MGK (novo)100%
Total100%

Vamos as compras

Bom, vamos as compras.

Os detalhes de como se deram a compra dos ativos, você pode verificar no vídeo abaixo.

Conclusão

Como pode ser percebido, a carteira de investimentos é algo “vivo”. Nada impede de aos poucos realizarmos pequenos ajustes — como o realizado hoje.

Além disso, com o amadurecimento da carteira, amadurece também o momento ao qual poderemos fazer uma pequena exposição em criptos — quem sabe no próximo episódio.

E como sempre digo, mais do que compartilhar informação, compartilho o senso de responsabilidade.

Temos um longo caminho até os R$ 100 mil, e certamente ele seria muito mais longo caso trocássemos os pés pelas mãos.

Lembre-se, o segredo não está em termos retornos astronômicos, mas nos mantermos vivos pelo maior tempo possível.

Espero ter agregado conhecimento.

Por fim, sou Paulo Boniatti, um forte abraço e tchau!

Escritor, autor do livro Montando uma Carteira de Investimentos Inteligente. Paulo Boniatti é pós-graduado em Gestão em Mercado Financeiro pela FAE Business School. Especialista em investimentos e adepto da filosofia do antifrágil, tem como principal característica a maneira simples e descomplicada de explicar o mercado financeiro. Além de youtuber e criador do canal SaldoZero, é também gestor do Clube de Investimentos Opportuna CI.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *