Ep6 – Do SaldoZero aos R$ 100 mil – é o fim

Dia 21 de outubro de 2021. Sexto episódio do SaldoZero aos R$ 100 mil. E, talvez o último.

Essa série nasceu com o objetivo de mostrar na prática e com dinheiro real, o racional e a dinâmica na montagem e condução de uma carteira de investimentos.

Mas, o que foi percebido é que, gradativamente a adesão e o interesse pelos vídeos vêm caindo no decorrer da série. Fica então a pergunta: será que está agregando valor?

Bom, entre o sim e o não, o que vai responder será o engajamento desse episódio lá no Youtube. Então quero saber de você: quer que a série continue?

Será por meio dos comentários, likes e compartilhamentos que mensuraremos se esse conteúdo é, ou não, relevante. Então, deixo para você decidir.

De todo modo, o episódio de número 6 precisa acontecer! Portanto, se esse tema lhe interessa, confia e vem comigo!

Objetivo da carteira

Sempre lembrando, nosso objetivo é o de alcançar R$ 100 mil por meio de aportes mensais de R$ 1 mil. Esse objetivo foi definido pelos inscritos do canal. Portanto, se você ainda não for inscrito, inscreva-se para não perder nenhum vídeo.

E quando alcançaremos os R$ 100 mil? Segundo as expectativas que fizemos no primeiro episódio, por volta de 2027. A previsão se confirmará? Não há como afirmar que sim. Só o tempo para responder.

Aproveito para convidar você, caso não tenha visto os episódios anteriores, acesse-os aqui e entenda os detalhes da dinâmica das decisões que foram tomadas até o momento.

Aviso importante

Um aviso ultra importante: não copie essa carteira!

O objetivo principal dessa série é colocar minha pele em risco para ajudar você a entender a dinâmica. Mas entender é diferente de copiar.

Estamos falando de uma carteira com renda variável. Ninguém pode prever o comportamento do mercado.

Antes de qualquer investimento, estude. Não seja apenas um passageiro de canais pela internet. Crie sua própria filosofia de investimentos.

Continuando…

Como o mercado se comportou no último mês

Eventos e notícias para chacoalharem o mercado, não faltam.

No cenário global: possível bolha imobiliária na China — governo buscando não deixar que estoure; risco de calote nos EUA — foi necessário autorizar aumento do teto de gastos; possível fim de incentivos norte-americanos — sinais de desaceleração; Argentina impondo tabelamento de preços — sabemos que isso é uma péssima decisão que acaba gerando escassez de produtos; preços das commodities (incluindo petróleo) no mercado internacional nas alturas —principalmente pelo descompasso entre oferta de dinheiro vs demanda; Bitcoin ultrapassando os R$ 340 mil.

No cenário local: inflação cada vez maior — muito decorrente de uma política monetária ineficiente, um risco fiscal exacerbado e, mostrando a fraqueza de nossa moeda frente a tantas incertezas que assolam a economia global; offshore de Paulo Guedes — alguns acusam uma hipocrisia nas atitudes do ministro; discussão da limitação do ICMS nos combustíveis — que não é solução, mas um tapa buraco; Taxa Selic em 6,15% já com previsão de novos aumentos nessa corrida contra a inflação.

Enfim, não é o caso detalhar cada uma das notícias — podemos assim fazer em materiais futuros. Mas o fato é que, notícias, como sempre, trazem uma pitada de adrenalina ao mercado financeiro. Geram incertezas, aumentam volatilidades e, principalmente a renda variável, fica no sobe e desce constante.

Apenas como informação, no gráfico a seguir temos a cotação de 30 dias do: Índice Ibovespa (azul escuro); Dólar frente ao Real (laranja) e; Barril do petróleo em Dólar (azul claro). Reflexo obviamente de tudo que estamos vivendo: Dólar caro; combustível nas alturas; inflação; Taxa Selic subindo e; bolsa brasileira patinando.

Mas a questão que quero trazer aqui é: se ficarmos na posição de espera, aguardando que os cenários venham a melhorar para então investir, pode ser que esse momento nunca chegue.

Bem na verdade, quando o mercado dá sinais de melhora, é porque já melhorou. E, o mercado financeiro que sempre se antecipa, já se antecipou e aproveitou. Como diz Howard Marks, tudo gira em ciclos, inclusive o mercado.

Do mesmo modo, não temos a capacidade de prever o futuro, mas temos a capacidade de estarmos preparados para ele. Nada melhor que estarmos em uma posição que nos permita sempre ter um pilar de nossa carteira de investimentos se valorizando. Chamamos isso de antifragilidade e é algo em que a carteira do SaldoZero se baseia.

A carteira em agosto

Relembrando, nossa carteira no último episódio estava distribuída conforme a imagem abaixo:

Não entrarei no mérito de quanto se valorizou nesse período. Vamos tirar essa crença de que é preciso medir a performance mensalmente — e comparar isso a algo ou com alguém. Nosso objetivo é 2027, e rentabilidade de curto prazo não garante rentabilidade de longo prazo.

Foquemos na disciplina e nos aportes constantes.

Novo aporte

Seguindo o combinado, o aporte de R$ 1 mil já está disponível na corretora.

Diferentemente dos episódios anteriores, nesse não teremos posições novas. Vamos aproveitar para apenas reforçar posição nos ativos aos quais já investimos.

Percentual de alocação

Nenhuma mudança nos percentuais de alocação. Mantemos a estratégia que foi definida ao longo dos últimos episódios.

Alocação por classe:

ClasseAlocação
Proteção Caixa30%
Proteção Cambial10%
Renda Variável60%
Total100%

Dentro de Renda Variável, teremos três subclasses

SubclasseAlocação
Fundos imobiliários30%
Stocks20%
Total100%

Dentro de ações, teremos o seguinte

AtivoAlocação
EQTL316,67%
PSSA316,66%
ITSA416,66%
SULA1116,66%
CGRA416,66%
PARD316,66%
Total100%

Em fundos imobiliários

AtivoAlocação
BCFF1133,34%
IRDM1133,33%
GGRC1133,33%
Total100%

E em stocks, de momento, somente um único ativo

AtivoAlocação
GOOGL100%
Total100%

Vamos as compras

Bom, vamos as compras.

Os detalhes de como se deram a compra dos ativos, você pode verificar no vídeo abaixo.

Conclusão

Estamos com uma estrutura cada vez mais interessante na carteira. O que nos permite fazer uma leve exposição em algum ativo um pouco mais especulativo — quem sabe no próximo episódio.

E como sempre digo, mais do que compartilhar informação, quero trazer a essência da responsabilidade.

Aos poucos vamos refinando a carteira. Temos um longo caminho até os R$ 100 mil, e certamente ele seria muito mais longo caso trocássemos os pés pelas mãos.

Lembre-se, o segredo não está em termos retornos astronômicos, mas nos mantermos vivos pelo maior tempo possível.

Espero ter agregado conhecimento.

Por fim, sou Paulo Boniatti, um forte abraço e tchau!

Escritor, autor do livro Montando uma Carteira de Investimentos Inteligente. Paulo Boniatti é pós-graduado em Gestão em Mercado Financeiro pela FAE Business School. Especialista em investimentos e adepto da filosofia do antifrágil, tem como principal característica a maneira simples e descomplicada de explicar o mercado financeiro. Além de youtuber e criador do canal SaldoZero, é também gestor do Clube de Investimentos Opportuna CI.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *